Christiania: Como é o território livre de Copenhagen, na Dinamarca
Eu não imaginava que em Copenhagen, na Dinamarca, seria possível sair do país e da União Europeia atravessando apenas um portão no meio da cidade. Foi exatamente isso que aconteceu quando decidimos conhecer Christiania, um território livre que fica dentro da capital do país. Neste post, conto como foi a nossa experiência por lá e o que você deve esperar da visita.
CHRISTIANIA: UM TERRITÓRIO LIVRE NA DINAMARCA
Escolhemos passar o final de tarde em Christiania. Pegamos o metrô e fomos andando até chegar lá. Olhando de fora, não dá para imaginar como Christiania é grande.
| HISTÓRIA
A história de Christiania começou nos anos 70. Naquela época um grupo de aristas e hippies decidiu ocupar uma grande área que antes era usada por militares e estava abandonada. Eles fizeram isso como uma forma de protesto contra o governo.
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Durante muito tempo, as autoridades tentaram expulsar os ocupantes de lá, mas não conseguiram. Foi aí que eles decidiram entrar em um acordo. A partir daquele momento, os moradores de Christiania passaram a arcar com todos os seus gastos.
| CHRISTIANIA HOJE
Hoje em dia, Christiania possui cerca de mil moradores. O mais interessante é que embora esteja dentro da Dinamarca, o local é um território livre, ou seja, não pertence nem mesmo à União Europeia. Além disso, eles possuem suas próprias leis e têm uma infraestrutura que vai de limpeza de rua, correios até escola e lixo.
Por lá, tudo é decidido em consenso. Não existe uma hierarquia entre os moradores e ninguém é dono da casa em que vive. Aliás, falando nisso, muita gente fica morrendo de vontade de mudar pra lá, mas não é tão fácil quanto parece. Embora seja um território livre, não é qualquer um que pode chegar e ficar. Atualmente, não há espaço para a construção de novas casas e a burocracia para conseguir se mudar não é nada fácil.
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| NOSSA EXPERIÊNCIA
Nós chegamos por volta das 16h. Estava bem cheia de turistas e também de moradores locais. Andamos um pouco e fomos observando as casas e o estilo do local. Há muitas pinturas e cores nas paredes. Entretanto, algumas partes estão bem precárias e precisando de reparos. Lá é muito grande, alguns trechos não são asfaltados e não há carros.
| MACONHA
Na Pusher Street, rua em que há diversas pessoas vendendo maconha em barraquinhas, é ainda mais proibido tirar fotos. Não vale arriscar. Dá para perceber que há algumas pessoas que ficam sempre de olho em tudo o que está acontecendo.
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Qualquer um pode comprar maconha por diversos preços. É quase uma feira. Você passa e os vendedores ficam em suas barraquinhas oferecendo abertamente a erva. Quando você nega, eles insistem e diminuem o preço. Além disso, eles vendem muitos acessórios para o seu consumo.
Em Christiania há algumas lojinhas, mercadinhos, restaurantes, café e museus.
Eu gostei bastante de lá, mas confesso que esperava algo um pouco mais bonito e organizado. Pensei que fosse encontrar mais grafites e artes espalhadas pela comunidade alternativa e também que fosse mais limpo. De toda forma, vale muito incluir Christiania aos passeios quando estiver por Copenhagem.
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Que inusitado, não conhecia essa cidade.
Parabéns pela reportagem Adolfo Nomelini ! Espero um dia conhecer aí!