Araucanía, no Chile: O que fazer, roteiro e dicas

Quando falamos sobre o Chile, lembramos logo de Santiago, Deserto do Atacama, Viña del Mar e Valparaíso, mas o país tem outras regiões tão incríveis quanto estas e que valem a visita. É o caso da Araucanía.

Lagos, vulcões, muita neve e belíssimas paisagens naturais. Este é um belo resumo desta área ainda pouco conhecida pelos brasileiros.

A gente passou 4 dias no começo de agosto, ou seja, com bastante frio, percorrendo boa parte desta região chilena. Neste post, conto em detalhes tudo o que fizemos por lá. Além disso, dou dicas de atrações e de locais para se hospedar.

Araucanía, no Chile: Todas as dicas

Pra ficar mais fácil, eu separei o post em tópicos. Além disso, falo separadamente de cada atração que visitei e, no fim, deixo o roteiro completo do que fizemos durante esses dias no país.

Área coberta por neve e árvore em dia de céu azul na região da Araucanía, no Chile
(Foto: Esse Mundo é Nosso)

Onde fica Araucanía

A Araucanía fica localizada no sul do Chile e tem Temuco como capital e porta de entrada, já que é o maior aeroporto da região e de onde chegam e partem os voos.

A região é dividida em Araucanía Andina, que pega a parte da Cordilheira, Araucanía Lacustre, perto da área de Pucón, e Araucanía Costeira, que, como o nome diz, abrange a área costeira.

Vulcão e Laguna Verde no Parque Nacional de Conguillio, na Araucanía, no Chile
Parque Nacional de Conguillio (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Como chegar à Araucanía, no Chile

O jeito mais fácil de chegar à região da Araucanía, no Chile, é indo de avião até Temuco. O voo dura cerca de 1h20. Nós fomos com a Latam.

Também é possível ir de carro pela Rota 5 Sul. São cerca de 670 km de Santiago. Além disso, há opções de ônibus. A viagem dura por volta de 10h.

Araucanía, no Chile: O que fazer

Antes de descrever o nosso roteiro pela Araucanía, no Chile, vou listar algumas de suas principais atrações. Claro que como a região é bem grande, não conseguimos fazer tudo, mas deu pra ter uma visão geral.

1. Centro de esqui de Corralco

Nós chegamos em Santiago num domingo à noite. Dormimos por lá. Aliás, ficamos num hotel muito legal em Providência chamado Le Reve. Aproveite para ver o valor das diárias.

Mas nem conseguimos passear por Santiago, já que na segunda-feira bem cedo pegamos o voo para Temuco para finalmente conhecermos a Araucanía. Do aeroporto seguimos direto para Corralco, um dos centros de esqui mais famosos do Chile.

Pessoa esquia em Corralco perto de montanhas com neve na região da Araucanía, no Chile
(Foto: Esse Mundo é Nosso)

Como era o primeiro dia de agosto, as estradas estavam cheias de neve. Foi lindo de ver durante todo o trajeto de 2h.

Chegamos em Corralco perto da hora do almoço. Aliás, a primeira dica é tentar alugar os itens para esquiar, como luvas, antes de chegar ao centro de esqui porque são mais baratos. No caminho, há uma loja.

Restaurante e hotel

Como estávamos com fome, a primeira coisa que fizemos foi almoçar por lá. Há um restaurante e um hotel em Corralco. A comida estava ótima.

Vista da neve pela janela em restaurante em Corralco
Restaurante em Corralco (Foto: Esse Mundo é Nosso)

De entrada, pedi uma causa limeña com polvo (12 mil pesos chilenos). Também tinham como opções creme de espinafre e salada. A entrada estava perfeita.

Causa limeña com polvo e salada do restaurante em Corralco, na Araucanía
Causa limeña (Foto: Esse Mundo é Nosso)

De prato principal, escolhi um fettuccine à romanesca (17.900 pesos chilenos). Além disso, havia cordeiro. De sobremesa, tinha torta de chocolate, salada de frutas, torta de maçã e sorvete.

Hora de esquiar em Corralco

Depois do almoço, foi a hora de alugar os equipamentos e fazer aula para curtir a neve em um dos centros de esqui mais famosos da região de Araucanía, no Chile.

Como a maioria dos brasileiros não tem equipamentos de esqui, é bem provável que você terá que alugar. O ski ou snowboard completo saíam por 35 mil pesos. Aliás, vale lembrar que esses valores foram checados em agosto de 2022.

Pessoas esquiam em Corralco, no Chile, em dia de céu azul
(Foto: Esse Mundo é Nosso)

Após pegar os equipamentos foi a hora da aula. Elas custam a partir de 60 mil pesos chilenos (55 minutos de duração) e vão até 296 mil pesos (5h45). Esses valores são pra 1 ou 2 pessoas. Há diversas outras opções também como aulas em grupo ou pela manhã que são mais baratas.

Aliás, eu preciso confessar que acabei não esquiando, mas, mesmo assim, amei conhecer Corralco.

Quem acompanha o blog há bastante tempo sabe que em 2018 o Rafa fraturou a coluna esquiando no Valle Nevado, precisou ser transferido de helicóptero e ficou alguns dias internado em Santiago. Portanto, preferi não arriscar.

Por isso, a gente reafirma sempre aqui a importância de viajar com um seguro viagem. Muita gente acha que por ser um país próximo ou uma viagem curta, o seguro não é essencial, mas se o Rafa não tivesse um, teria gastado uma fortuna para conseguir arcar com os gastos da sua queda na neve.

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Paisagem de Corralco

O visual de Corralco me surpreendeu muito. Embora não estivesse nevando no dia, tinha bastante neve nas montanhas e no chão. Uma paisagem incrível.

Montanhas cheias de neve em dia de céu azul em Corralco, na região da Araucanía, no Chile
(Foto: Esse Mundo é Nosso)

Mesmo sem esquiar, foi muito legal andar pela neve. Estava bem frio, mas a temperatura não ficou abaixo de 0 neste dia.

Ingresso

Nos valores checados em agosto de 2022, o ingresso para adulto na alta temporada custa 50 mil pesos e na baixa temporada sai por 42 mil pesos chilenos.

Com certeza, é uma experiência muito legal visitar o centro de esqui de Corralco. Aproveite para ver mais dicas no site deles.

Aliás, veja também dicas de mais centros de esqui no Chile.

2. Túnel Las Raíces

O Túnel Las Raíces não estava originalmente em nosso roteiro, mas por questões climáticas tivemos que incluí-lo e valeu muito a pena.

Ele foi construído em 1939 e era antes um túnel ferroviário. Liga Curacautín a Lonquimay e tem cerca de 4,5km de extensão.

Entrada do túnel Las Raíces, na Araucanía, no Chile, com neve e neblina
(Foto: Esse Mundo é Nosso)

O túnel é super apertado. São 4,5m de largura e 5,6m de altura. Por isso, só é possível passar um sentido por vez. Primeiro os carros vão e quem quer voltar precisa esperar por alguns minutos. Depois, o sentido se inverte.

Teve um episódio marcante no Túnel Las Raíces, na região de Araucanía, quando 42 trabalhadores ficaram presos por 90h dentro dele depois que uma avalanche fechou sua entrada.

Além disso, depois que passamos pelo túnel, aproveitamos para tirar fotos nas estradas cheias de neve. Estava lindo e muito frio. Mais uma vez, fiquei impressionado com as paisagens naturais da Araucanía Andina.

Homem de braços abertos no meio da estrada com neve ao lado na Araucanía, no Chile
Eu posando na estrada (Foto: Sidney Michaluate – 3em3)

3. Salto de la Princesa

A terceira dica do que fazer na região de Araucanía, no Chile, é a Cachoeira Salto de la Princesa, na Reserva de Malalcahuello.

Mulher fotografa queda d'água na cachoeira Salto de la Princesa, na região da Araucanía, no Chile
(Foto: Esse Mundo é Nosso)

A cachoeira tem 25 metros de altura e é linda. Ao redor dela há bastante vegetação nativa.

Queda d'água da cachoeira Salto de la Princesa com vegetação ao redor
(Foto: Esse Mundo é Nosso)

Além disso, no Salto de la Princesa se pode observar um corte transversal de uma lava do extinto vulcão Sierra Nevada.

4. Samadhi Eco Resort

O Samadhi Eco Resort foi uma das melhores surpresas de toda a viagem pra Araucanía, no Chile.

Pôr do sol em meio à natureza da Araucanía Andina
Pôr do sol no Samadhi (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Este hotel está localizado na Araucanía, a cerca de 59 km de Temuco. Aliás, ele não é apenas um hotel, é um local lindo em meio à natureza.

Nós chegamos ao Samadhi Eco Resort no fim da tarde e fomos recebidos com vinho, queijos e bolos. Uma delícia.

Mesa com vinhos, queijos e bolo com vista para a natureza no Samadhi Eco Resort, na região da Araucanía, no Chile
Mesa com vinhos, queijos e bolo (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Mas confesso que o melhor ainda estava por vir: a acomodação. Difícil explicar a beleza do lugar. São poucas acomodações neste estilo no hotel. Elas são todas de vidro e contam com sala e cozinha integradas, dois quartos, dois banheiros e varanda com uma hot tube.

Acomodação toda de vidro em meio à natureza no Samadhi Eco Resort
Acomodação (Foto: Esse Mundo é Nosso)

E o melhor: do quarto é possível avistar toda a paisagem com direito ao vulcão Llaima. Uma experiência única.

Quarto do Samadhi com vista para a natureza da região da Araucanía, no Chile
Quarto do Samadhi (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Como na região da Araucanía, no Chile, costuma fazer bastante frio no inverno, há lareira na sala e as camas têm aquecedores.

Nascer do sol da varanda do quarto no Samadhi Eco Resort, no Chile
Nascer do sol (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Além disso, o Samadhi Eco Resort conta com opções de quartos pequenos que possuem apenas uma cama (com uma linda vista) e banheiro compartilhado.

Jantar e café da manhã

Como o hotel está isolado, o ideal é jantar por lá mesmo. Nós fizemos isso e foi ótimo. O restaurante é, na verdade, uma sala, também de vidro, como uma linda vista e uma grande mesa.

Mesa do jantar no Samadhi com salada, pães e vinho
Jantar (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Aliás, aproveitamos todo o caminho da acomodação até lá para contemplar o céu cheio de estrelas.

Mas vamos falar do jantar em si: Pra começar, havia pães quentinhos e manteiga. De entrada, pedi ceviche de salmão e estava incrível.

Para o prato principal, escolhi uma carne com molho de cogumelos e batatas. Estava tudo perfeito. Aliás, claro que todo o jantar foi regado a um bom vinho chileno.

Encerramos com uma sobremesa típica do sul do Chile, o flan de leche, que lembra muito um pudim.

Já o café da manhã, eu achei um pouco fraco. Tinha iogurte, ovos mexidos, frutas, pães e manteiga. Achei que faltaram alguns frios e um bolo.

5. Parque Nacional de Conguillio

O Parque Nacional de Conguillio, na região da Araucanía Andina, fica a 30km de Melipeuco e a 120km de Temuco e possui 60.832 hectares.

Laguna Verde com vulcão ao fundo e céu azul em Conguillio, na Araucanía, no Chile
Laguna Verde (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Por lá, é possível visitar lindos lagos e avistar de perto o vulcão Llaima e seus 3125 metros de altura. Além disso, a vegetação nativa do parque é impressionante.

Nós fomos de carro até o Laguna Verde e depois seguimos por uma trilha pela neve até a Laguna Arco-Íris.

Laguna Arco-Íris em dia de céu azul no Parque Nacional de Conguillio, na Araucanía, no Chile
Laguna Arco-Íris (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Trilha na neve

Homem caminha pela neve em dia de céu azul no Parque Nacional de Conguillio, na Araucanía, no Chile
Trilha na neve (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Confesso que eu estava bem tenso por ter que fazer uma trilha na neve, mas foi super tranquilo e valeu muito a pena. O lugar e realmente incrível. A trilha durou cerca de 2h ida e volta fora o tempo que ficamos na lagoa para apreciar a vista e brincar de guerra de neve rs.

Embora fosse inverno, durante o dia fez bastante sol. Então, acabei sentindo até calor e tive que tirar minha segunda pele. Entretanto, por volta das 16h30, o tempo fechou, ficou com muita neblina e bem frio.

Portanto, leve sempre uma roupa de frio porque poderá ser bem útil. Outra coisa, com sol ou sem sol, use protetor solar. Por causa da neve, é bem importante estar protegido.

Vulcão Llaima com neve em dia de céu azul
Vulcão Llaima (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Aliás, a região de Araucanía tem muitas (adivinhem…) araucárias. E no Parque Nacional de Conguillio não é diferente.

Segundo o site oficial do parque, a BBC denominou Conguillio como um dos últimos refúgios do mundo que preservam a paisagem onde viveram os dinossauros.

Vulcão Llaima com muita neve em dia de céu azul em Conguillio, na região da Araucanía, no Chile
Vulcão Llaima (Foto: Esse Mundo é Nosso)

O valor da entrada ao Parque é de 13 dólares para estrangeiros. É possível comprar pelo site (checado em agosto de 2022).

Para subir o vulcão ou fazer trilhas mais pesadas, é recomendável estar com um guia.

6. Termas de Pucón

Confesso que antes de fazer essa viagem pela Araucanía, no Chile, eu achava que Pucón fizesse parte da Patagônia. Na verdade, a cidade está na Araucanía Lacustre.

Infelizmente, nós passamos apenas algumas horas em Pucón e nem chegamos a descer em Villarica.

Em Pucón, paramos no centro apenas para comprar imãs de geladeira e outros souvenirs e depois fomos direto para as Termas Huife.

Aliás, vale falar que no caminho até Pucón, nós paramos em um supermercado para comprar vinhos. Embora o Chile não seja um país tão barato para os brasileiros, os vinhos são MUITO em conta. Vale a pena reservar um espaço na mala para levá-los. A gente tem até um post explicando quantas garrafas de vinhos podemos trazer do Chile.

Mas voltando às Termas Huife… Por lá, há cavalgada e avistamento de aves. Além disso, o espaço conta com um spa com massagens.

Fumaça saindo da piscina nas Termas Huife, em Pucón
Termas Huife (Foto: Esse Mundo é Nosso)

As Termas Huife possuem três piscinas externas com temperaturas que variam entre 35ºC e 40ºC. Aliás, é bem bizarro colocar roupas de banho num frio de fazer tremer rs, mas a sensação de entrar nas águas quentinhas naturalmente é indescritível.

Fumaça sai de piscina nas Termas Huife, na Araucanía, no Chile
Termas Huife (Foto: Esse Mundo é Nosso)

A pior parte é realmente sair da água e ir correndo até o vestiário pra se trocar, mas a experiência é bem legal.

O valor da entrada para adultos é de 25 mil pesos. O espaço funciona todos os dias das 11h às 20h.

Restaurante das Termas Huife

Nós aproveitamos que estávamos nas Termas Huife, que fica a 30 minutos de Pucón, para almoçar por lá.

Tartare de salmão no restaurante das Termas Huife, em Pucón
Tartare de salmão (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Pra começar, escolhi o tartare de salmão (12.300 pesos). Estava bom, mas parecia mais um ceviche. De prato principal, comi o agnolotti de queijo de cabra (12.500 pesos). Estava bom.

Preciso de carro na Araucanía?

Para conseguir percorrer toda a região da Araucanía, no Chile, o ideal é realmente estar de carro. Desta forma, fica mais fácil ir às cidades que você deseja conhecer e parar em todas as atrações no seu tempo.

A nossa dica é que você reserve seu carro com a Rentcars, que é um buscador que compara os valores dos aluguéis de carros entre as principais locadoras. Dá para parcelar em até 12x sem juros o valor do aluguel. Faça a sua cotação agora!

Roteiro na Araucanía, no Chile

A região da Araucanía, no Chile, é muito extensa e tem várias atrações. Como passamos apenas 4 dias por lá, não conseguimos explorar tudo. Portanto, vou compartilhar com vocês o nosso roteiro, mas vale lembrar que ficou faltando muita coisa.

Por exemplo, eu gostaria de ter ficado pelo menos dois dias em Pucón para conseguir desbravar toda a região, mas, com certeza, irei voltar outras vezes com calma para conhecer tudo o que faltou.

Dia 1
Chegada em Santiago no fim da tarde para dormir no hotel Le Reve

Dia 2
Voo para Temuco pela manhã
Centro de esqui de Corralco

Dia 3
Túnel Las Raíces
Cachoeira Salto de la Princesa
Samadhi Eco Resort

Dia 4
Parque Nacional de Conguillio

Neve e vulcão em dia de céu azul no Parque Nacional Conguillio
Conguillio (Foto: Esse Mundo é Nosso)

Dia 5
Pucón – Termas de Huife
Voo de Temuco para Santiago

Dia 6
Voo para São Paulo pela manhã

Aliás, ficou com alguma dúvida ou tem mais dicas sobre a Araucanía, no Chile? Deixe nos comentários!

Adolfo Nomelini
Jornalista formado pela PUC-SP e pós graduado em Comunicação em Mídias Digitais, é apaixonado por música, coxinha, televisão, seus óculos e internet. Trabalha há mais de 15 anos com conteúdo online e passa boa parte do tempo "jogando o corpo no mundo, andando por todos os cantos e, pela lei natural dos encontros, deixando e recebendo um tanto".
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