O que fazer em Bariloche: Roteiro, neve, preços e hotéis

Embora seja um dos destinos de neve mais famosos da América do Sul, não falta o que fazer em Bariloche durante o ano todo. A cidade da Argentina tem atrações para todas as idades, bolsos e gostos.

E ela recebe os mais variados perfis de viajantes, desde enormes grupos de estudantes argentinos a muitos brasileiros em busca de neve.

Homem sentado observa lago e montanha com neve em Bariloche
Foto: Esse Mundo É Nosso

Então nesse post vamos dar dicas dos principais pontos turísticos de Bariloche e atividades, seja na temporada de inverno ou em outros períodos do ano.

O que fazer em Bariloche, Argentina

Pra começar, posso tentar resumir um pouco do que você vai encontrar por aqui.

Normalmente já associamos a região às férias de inverno, principalmente julho e agosto, para quem está em busca de neve e atividades como esqui e snowboard.

Aliás, é válido dizer que esse também é um destino muito comum entre os argentinos nos meses mais quentes. Eu mesmo já fui pra Bariloche no verão e garanto que as paisagens e lagos são de tirar o fôlego, como detalho nesse link.

Mas de modo geral, além de atividades relacionadas a neve no inverno, espere dessa região da Patagônia Argentina muita natureza, paisagens incríveis, lagos, ótima gastronomia e chocolates. Some a isso muitos parques com atrativos que agradam desde crianças aos mais idosos.

Então nesse post, pra te ajudar a montar seu roteiro em Bariloche, vou dividir os pontos turísticos entre aqueles que podem ser visitados o ano todo e, claro, falar sobre as principais atividades e parques de neve.

Além disso, dou dicas práticas de como chegar, quando ir, restaurantes e de hotéis.

Pontos turísticos de Bariloche pra visitar o ano todo

Na lista abaixo, falo sobre atividades que podem ser feitas o ano todo, independente se há neve ou não. Se você quer saber melhor a diferença entre cada estação, veja nosso guia de quando ir pra Bariloche com todas as dicas.

Aliás, o nome completo da cidade é San Carlos de Bariloche e as estações do ano por aqui são as mesmas do Brasil. Ou seja, quando é inverno em terras brasileiras, aqui também é. E assim por diante…

1. Centro Cívico

Esse é o coração de Bariloche. Os prédios erguidos na década de 1940 têm estilo alpino e a praça, além de uma linda vista pro Lago Nahuel Huapi, sedia eventos culturais e sociais.

Prédios típicos do Centro Cívico com Lago Nahuel Huapi de fundo
Centro Cívico (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Bem pertinho dali, fica a imponente Catedral Nuestra Señora del Nahuel Huapi, inaugurada em 1946 em estilo neogótico.

Um jeito legal e grátis de conhecer toda essa região central com todos os detalhes é fazer um free tour guiado. Você não paga nada e vai acompanhando(a) de um guia.

Calle Mitre e mais atrações no centrinho

Um ponto dessa região central que com certeza você irá visitar algumas vezes durante sua viagem em Bariloche será a Calle Mitre.

Fachada de lojas da Calle Mitre em Bariloche
Calle Mitre (Foto: Esse Mundo É Nosso)

A rua mais importante da cidade reúne a maioria do comércio, como agências de turismo, lojas, centros de artesanato, galerias, chocolaterias, restaurantes, cafés e muito mais.

Então se você chegou à cidade ainda sem todos os passeios fechados ou sem alugar roupa de neve, o entorno da Mitre é o melhor ponto para começar a pesquisar os preços.

Também é onde mais facilmente você irá encontrar casas de câmbio. Mas é importante que você entenda o câmbio blue na Argentina antes de trocar qualquer quantia.

Além disso, a Mitre é ótima pra bater perna sem compromisso depois de um dia de passeio, seja pra tomar um café, fazer compras ou provar os chocolates perfeitos de lojas como Rapanuí ou Mamuschka. Mas falarei delas mais adiante.

Outra coisa bem legal é visitar a Feria Artesanal, atrás da praça do Centro Cívico. Todos os dias, de 10h às 20h, sob uma grande tenda branca, funcionam muitas bancas de artesãos com produtos locais.

Pertinho dali, outro ponto interessante para artesanato é Feria Municipal, na esquina da Moreno com Villegas. Por fim, se você gosta, vale fechar as noites e tentar a sorte no Casino Club, ainda no centrinho.

2. Lago Nahuel Huapi

O Nahuel Huapi é um lago de origem glaciar aos pés da Cordilheira dos Andes localizado a 700m de altitude. Aliás, ele dá nome ao parque nacional, que engloba boa parte da região.

O lago banha a orla de Bariloche e é onde fica o famoso letreiro. Ele ainda proporciona diversas praias urbanas, muito procuradas principalmente no verão, mas que também valem ao menos a visita nos meses mais frios.

Turistas em praia do Lago Nahuel Huapi no Centro de Bariloche
Praia do Centro (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Dentre as que mais gosto, estão a Praia do Centro, bem em frente ao Centro Cívico, e a Playa Bonita, que é longa e tem quiosques, bares, restaurantes e hotéis ao redor.

Essa última fica no km 8 da Av. Bustillo. Mas há várias outras praias, como Centenário, Melipal, Serena e Villa Tacul.

É também no Lago Nahuel Huapi que acontece o ano todo um passeio que eu adorei. A partir do Puerto Pañuelo todos dias é possível fazer um passeio de barco para Isla Victoria y Bosque de Arrayanes.

Barco no Lago Nahuel Huapi com montanhas com neve ao fundo
Passeio Isla Victoria (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Além do cenário incrível dos Andes nevados e do enorme lago durante a navegação, as duas paradas são perfeitas pra quem curte trilhas de nível fácil, natureza e praia (se for um dia de calor). Eu achei lindo!

Aliás, é desse mesmo porto de onde saem barcos com destino ao Chile, o chamado Cruce Andino. Também pode ser uma boa opção de passeio mais longo pra quem quer conhecer o país vizinho.

Outro muito procurado é o passeio de barco até Puerto Blest, que promete uma paisagem incrível navegando pelo Nahuel Huapi. Ele também sai do Puerto Pañuelo, mas infelizmente não tive tempo de fazer.

3. Circuito Chico

Se você perguntar pra qualquer pessoa que conheça essa região da Patagônia o que fazer em Bariloche, possivelmente uma das primeiras respostas será o Circuito Chico. Afinal, esse é o passeio mais clássico da cidade.

Homem de bicicleta em mirante do Circuito Chico em Bariloche, Argentina
Punto Panorámico do Circuito Chico (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Esse trajeto quase circular leva os turistas a paisagens de tirar o fôlego e muitas atrações.

É uma oportunidade de ver em um único dia a combinação da cidade, montanhas, florestas e lagos. Tudo isso numa rota cheia de mirantes. Aliás, um dos mais bonitos é o Punto Panorámico.

Ao longo do trajeto você vai encontrar muitos dos pontos turísticos de Bariloche, como a Playa Bonita, Cerro Campanário, Villa Llao Llao, Lago Moreno, Colonia Suiza, além de alguns dos ótimos restaurantes de Bariloche com vistas lindas, como a Cervejaria Patagonia.

Normalmente o Circuito Chico é o ponto de partida do roteiro por aqui, logo no primeiro dia. Dá pra fazer de carro alugado e em tours com agências.

Mas há também uma linha de ônibus circular que percorre o trajeto, embora o lado ruim seja que não será fácil parar nos mirantes e outros pontos de interesse, já que será preciso esperar novamente por outro veículo.

4. Cerro Campanário

Já que falamos do Circuito Chico, não dá para o Cerro Campanário não ganhar um tópico só dele. Afinal, esse é outro clássico dentre as atrações de Bariloche. E dá facilmente pra combiná-lo com o dia em que for fazer o circuito.

Pra chegar até o topo do cerro, a 1050m acima do nível do mar, os turistas pegam um teleférico aberto por cerca de R$ 40 (preço checado em ago/23). Quem gosta pode subir a pé numa caminhada de cerca de uma hora e meia pelo bosque.

Lagos e montanhas vistos a partir do Cerro Campanário em Bariloche
Vista a partir do Cerro Campanário (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Mas é ao chegar ao topo que a vista das montanhas e dos lagos surpreende. São diversos mirantes que garantem um visual incrível. Há ainda uma confeitaria com doces e pratos típicos, além de bebidas.

Aliás, o teleférico funciona o ano todo e pode ser visitado em qualquer época. No inverno, espere encontrar neve no alto do Cerro Campanário, embora não haja atividades ali além da contemplação.

End: Av. Bustillo (Circuito Chico), km 17,5

5. Cerro Otto

Outro clássico da cidade, o Teleférico do Cerro Otto também fica praticamente no Circuito Chico, a apenas algumas quadras da rodovia. Diferente do Campanário, que é mais para curtir o visual, por aqui há outras atividades.

Também aberto todo o ano, o teleférico em forma de gôndola percorre mais de 2 km até o topo. Custa cerca de R$ 80 (ago/23). O visual já é lindo durante o percurso, mas é ao desembarcar que você se surpreende com a vista dos Andes e dos lagos.

Teleférico do Cerro Otto em Bariloche, Argentina
Teleférico do Cerro Otto (Foto: Esse Mundo É Nosso)

No alto, a 1405m acima do nível do mar, fica a famosa Confeitaria Giratória, que literalmente gira. Ou seja, sua vista muda ao longo da refeição. Ela é bastante disputada no horário do almoço e as filas são grandes, então tente chegar mais cedo ou deixe para um pouco mais tarde.

As voltas podem levar de 20 a 40min, dependendo de quão lotado está o restaurante. E no menu, além dos doces da confeitaria, você encontrará bebidas e alguns pratos locais, como carnes e massas.

Minha visita foi no inverno e tinha muita neve no topo, sem dúvida um dos lugares mais fáceis pra ter contato com gelo saindo do centro de Bariloche, que fica a apenas 5 km.

E havia muitas atividades pagas à parte, como tirolesa, esquibunda e caminhada de raquete na floresta. Um passeio completo!

Atividades de neve no alto do Cerro Otto no inverno
Atividades de neve no inverno (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Pra chegar, quem não está de carro pode pegar os ônibus gratuitos do próprio Cerro Otto que saem do centro, na esquina da Mitre com Villegas.

End: Av. De los Pioneros, km 5

6. Cerro Catedral

Muito se associa o Cerro Catedral apenas a atividades como esqui e snowboard, mas saiba que ele também funciona o ano todo. Claro que a melhor época pra visitá-lo é no inverno, afinal é a maior estação de esqui da América Latina.

Homem faz esqui no Cerro Catedral em Bariloche em dia de muita neve
Cerro Catedral em dia de muita neve (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Então mesmo que você venha em época sem neve, dá pra utilizar os teleféricos, aproveitar os mirantes, curtir as vistas panorâmicas, fazer caminhadas, tirolesa e outras atividades.

Mas é no inverno que o Cerro Catedral se transforma talvez na principal das atrações de Bariloche.

O enorme complexo reúne dezenas de teleféricos e pistas para todos os níveis de esquiadores. Aliás, é um lugar muito procurado para fazer aulas por quem nunca esquiou.

Além disso, a estrutura é impressionante. São diversos restaurantes, cafés, cervejarias, lojas, shopping e tudo que você precisa pra curtir os dias de neve.

Há ingressos para pedestres (com acessos a alguns teleféricos) e o skipass para esquiadores com direito a todas as pistas, além de serviços diversos, como aulas particulares e em grupo. Dá pra consultar os preços e reservar no site da estação.

O acesso apenas à base, onde ficam o estacionamento, restaurantes e o shopping, é gratuito e pode ser uma oportunidade de contato com a neve sem gastar nada além do transporte.

Pessoas caminham na neve no Cerro Catedral em Bariloche
Cerro Catedral (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Além disso, muita gente que quer aproveitar o máximo das pistas do Cerro Catedral escolhe dormir já no alto da montanha. E há ótimas opções, como Apartur Catedral, Refugio Knapp e Posadas Aurelio, ambos a menos de 250m dos teleféricos de acesso às pistas.

Como ir ao Cerro Catedral

Embora fique a apenas 16 km do Centro de Bariloche e o acesso até a base seja asfaltado, durante o auge do inverno eu não recomendaria ir de carro alugado, a menos que você já tenha dirigido na neve.

Outras alternativas são pegar algum dos muitos transfers com agência ou até mesmo ônibus circular. A linha 55 faz leva os visitantes do Centro à base do cerro por um preço baixo, mas costuma ficar bem cheia no começo da manhã.

7. Ecoturismo

Outra dica de o que fazer em Bariloche, independente da época do ano, são as atividades de ecoturismo, que vão desde rafting a pesca, de escalada a cavalgadas.

Os turistas procuram muito esse região da Patagônia principalmente para fazer trekking, já que são mais de 160 trilhas. Para os amantes de moutain bike, também há quase uma dezenas de rotas.

Mulher faz trilha entre árvores no Bosque de Arrayanes
Trilha no Bosque de Arrayanes (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Quem curte pesca esportiva, a temporada vai de novembro a maio nos lindos lagos da região. Independente do esporte escolhido, é recomendável sempre que você consulte uma agência ou guia para ver se há necessidade de a atividade ser guiada.

Um dos ícones da região é o Cerro Tronador, um dos mais altos ao redor de Bariloche, com mais de 3500m de altitude. Apesar de ficar a 90 km, é muito procurado por conta de suas geleiras eternas, que infelizmente vêm diminuindo por conta do aquecimento global.

Por se tratar de um local mais selvagem, é recomendável que você procure uma agência para fazer o passeio até lá. Além de trilhas e neve, os mirantes são um dos pontos altos da visita.

Um bom ponto para saber mais sobre os inúmeros atrativos de ecoturismo na cidade é a sede do Parque Nacional Nahuel Huapi, que fica na San Martin, bem no Centro.

O que fazer em Bariloche com neve

Agora vamos às atrações relacionadas a neve, um dos pontos altos para os turistas que visitam a cidade. O inverno coincide com a estação no Brasil, de junho a setembro.

Mas com tantas mudanças climáticas, se você quer pegar neve o mais certo é ir em julho ou agosto. Claro que há anos em que pode nevar em maio e até em outubro, por exemplo. É questão de natureza, mas é bom saber em quais meses há mais chances.

Teleférico em Piedras Blancas com vista para Bariloche
Piedras Blancas em Bariloche (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Conversando com o pessoal do Cerro Catedral, que funciona o ano todo, me contaram que em 2022 havia neve no topo da montanha até mesmo em dezembro, já no verão. Enquanto isso, no Centro da cidade já fazia bastante calor.

Então vamos aos principais atrativos para esquiar ou só ver neve na cidade.

Não vá sem seguro viagem

Não dá pra viajar pra nenhum destino sem seguro viagem, ainda mais se tratando de um lugar com atividades na neve. Eu mesmo já “quebrei a coluna” esquiando no Chile, precisei de resgate de helicóptero e ficar internado.

Já imaginou quanto teria me custado? E ele é barato! Gastei menos de R$ 100 e a conta me custaria milhares de dólares!

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8. Onde esquiar em Bariloche

Como adiantei anteriormente, o Cerro Catedral não é apenas um dos principais pontos turísticos de Bariloche no inverno, como é também a maior estação de esqui da América Latina.

Turistas fazem esqui no Cerro Catedral em Bariloche
Cerro Catedral (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Então se você já esquia ou quer fazer aulas numa grande estação, ele é destino certo. Há passes para pedestres e também para quem quer esquiar e ter acesso às pistas e às dezenas teleféricos. No site você encontra os preços e todos os atrativos.

Além disso, como também citei no outro tópico, a estrutura é incrível, com muitos restaurantes, cafés, lojas e até shopping (saiba mais).

Outras estações de esqui e parques

Pouca gente fala, mas outro local pra esquiar em Bariloche que me surpreendeu foi o Winter Park. Essa pequena estação de esqui é justamente voltada para iniciantes. Ou seja, um prato cheio para brasileiros inexperientes.

Para chegar é ainda mais fácil, já que nem é preciso pegar teleférico. Você vai de carro mesmo ou transporte de agências até a porta. Por ser bem menor, com apenas três pistas de nível mais fácil, o atendimento é mais personalizado e o ingresso já inclui a aula inicial e equipamentos básicos.

Já uma das coisas que mais gostei no Winter Park foi o Winter Night, quando o parque abre em alguns dias da semana durante a noite. O ingresso é carinho (cerca de R$ 650 em julho de 2023), mas foi uma experiência única.

Domo em meio à neve no Winter Park durante à noite
Winter Park (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Além de poder fazer esqui ou caminhar com raquete durante a noite, a ingresso dá direito a um jantar com bebidas dentro de um domo no meio da paisagem nevada e com música ao vivo. Simplesmente demais!

Bem ao lado fica o Ski Nórdico, outra opção para quem quer esquiar em Bariloche. Mas aqui a modalidade é outra, é como praticar o esporte deslizando em pistas mais planas.

Por fim, há outras estações de esqui nas cidades ao redor, como o Cerro Bayo em Villa La Angostura e o Chapelco em San Martín de Los Andes. Para conhecê-las, você pode ir de carro próprio ou já contratar um tour com agências, como esse ao Cerro Bayo ou esse ao Chapelco.

Outra sugestão, que infelizmente não fiz, é esquiar na fronteira com o Chile, num lugar com quase nenhuma estrutura, mais isolado. O tour é chamado de Nieve al Limite.

9. Onde ver neve em Bariloche e outras atividades

Acima falei de parques e estações para quem quer esquiar ou fazer snowboard na região. Mas não quer praticar o esporte, embora queira incluir neve no seu roteiro?

Uma das atrações que eu mais gostei e faço questão de falar na hora de indicar o que fazer em Bariloche foi visitar o Piedras Blancas. Esse parque fica bem ao lado do Winter Park, a apenas 7 km do Centro.

Turistas descem de trenó morro em Piedras Blancas
Trenó em Piedras Blancas (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Ele é focado em trenó (o nosso famoso esquibunda) e faz muito sucesso entre os mais novos e também entre os brasileiros. É uma ótima chance de brincar na neve sem a necessidade de esquiar.

Ao comprar o ingresso, que custa cerca de R$ 200 (ago/23), você já recebe seu trenó e tem direito a subir de teleférico e descer até seis vezes nas várias pistas de neve. É muito legal! Sem dúvida uma das atrações que eu mais gostei.

Além disso, há outros atrativos pagos à parte, como arvorismo, tirolesa, boias, moto de neve, entre outros.

Cerros e teleféricos

Como também já adiantei anteriormente, o Teleférico do Cerro Otto é outra maneira fácil e barata de ir até um parque de neve em Bariloche. Por cerca de R$ 80 (ago/23) você pega o teleférico até o topo do cerro, onde há neve durante o inverno.

Lá você também vai encontrar atividades pagas à parte, como trenó, tirolesa e caminhada na neve com raquete, além de vistas incríveis dos lagos e das montanhas. Aproveite pra almoçar na famosa Confeitaria Giratória (saiba mais).

Por fim, outro lugar fácil e ainda mais barata pra ter contato com a neve, caso não haja no Centro da cidade é subir ao Cerro Campanário de teleférico (R$ 40). Por ali a principal atração são os mirantes.

Se for temporada de inverno, no alto provavelmente você encontrará neve pra brincar, além de poder curtir um visual dos mais bonitos dessa região da Patagônia.

Aliás, você percebeu que falo sobre “lugares pra ver neve em Bariloche”. É que, apesar de ser uma região onde é comum nevar, o maior acúmulo mesmo acontece mais no alto das montanhas.

No Centro e outras partes baixas há dias com queda de neve, mas ruas totalmente cobertas são menos comuns.

Se tiver tempo, também é possível fazer um passeio de dia todo ao Cerro Perito Moreno, um planalto a 1800m de altitude onde pode ter neve até mesmo já na primavera. O tour ainda passa pela bonita região de El Bolsón.

O que fazer em Bariloche: Passeios pela região

Não dá pra falar em o que fazer em Bariloche sem incluir alguns passeios para cidades e até províncias vizinhas. É comum que destinos como Villa La Angostura, San Martín de Los Andes, Lla Llao e outros entrem no roteiro.

Claro que isso vai variar de acordo com o número de dias que você tem por aqui e também as atividades que quer fazer. Mas não dá pra não listá-las pois são experiências que deixam a viagem ainda mais inesquecível.

10. Llao Llao

Embora fique no Circuito Chico e praticamente tudo aqui gire em torno do famoso Llao Llao Resort, essa é uma área muito visitada. A paisagem dessa região do Parque Nacional Nahuel Huapi, cercada por lagos e montanhas, é um dos pontos altos.

Vista do Llao Llao Resort (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Além disso, o hotel tem alguns serviços abertos a não hóspedes, como o Bechamel Club House, na minha opinião um dos melhores restaurantes de Bariloche, sem falar da vista.

Mas durante sua passagem pelo Circuito Chico, ao chegar em Lla LLao você poderá curtir ao essa paisagem de tirar o fôlego. Aliás, por aqui eles falam é “xáo xáo”.

Além disso, não deixe de visitar a Capilla San Eduardo, construída toda em madeira em estilo europeu na década de 1930.

Ela fica pertinho do Puerto Pañuelo, de onde saiu o passeio de barco que fiz para a Isla Victoria e também ponto de partida pra quem quer ir ao Chile com o Cruce Andino.

11. Colonia Suiza

A apenas 25 km de Bariloche, a Colonia Suiza parece nos levar em poucos minutos direto dos Andes para os Alpes Suíços. Esse foi o primeiro assentamento europeu da região no século XIX.

Além da vila ser um charme, com casinhas de madeira, restaurantes, cafés e lojas, todas as quartas e domingos acontece uma feira de artesanato e de comidas típicas. Nós fomos num dia de sol e foi uma delícia!

Colonia Suiza em Bariloche, Argentina
Colonia Suiza (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Se for em um domingo, aproveite provar o curanto, um prato típico originário do Chile.

Ele é basicamente um assado de porco, frango, linguiça e mariscos feito no chão sobre pedras. Como o processo é demorado, começa ainda pela manhã.

12. Villa La Angostura

Com menos de 20 mil habitantes e a 82 km de Bariloche, Villa La Angostura fica na província vizinha de Neuquén.

A cidadezinha é um charme e tem um centrinho com construções de madeira em estilo de montanha cheio de lojas, restaurantes, bares, chocolaterias e cafés.

Barcos no porto de Villa La Angostura
Porto de Villa La Angostura (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Se vier no inverno, também há chance de pegar neve por aqui. Aliás, o Cerro Bayo é uma das estações de esqui mais famosas da região.

Mas uma das grandes atrações mesmo de Villa La Angostura são os lagos. Além do Nahuel Huapi, o mesmo que banha Bariloche, por aqui há vários outros com paisagens de tirar o fôlego.

Se tiver tempo, vale fazer a Rota dos 7 Lagos até San Martín de Los Andes, que falarei mais adiante. Além de passear pelo centrinho, não deixe de visitar ao menos os lagos Espejo e Correntoso, a Península e o Porto.

O visual desses lagos cercados por montanhas é demais. Dá ainda pra conhecer o Bosque de los Arrayanes por meio de uma trilha ou de passeio de barco.

Se você estiver de carro, é fácil chegar em Angostura e a estrada é uma das mais lindas do mundo. Com tempo, vale até mesmo passar ao menos uma noite. Se não, o jeito mais fácil é fazer um passeio de dia todo saindo de Bariloche.

Já quem quer só conhecer a estação de esqui, agências oferecem também transporte para o Cerro Bayo. O traslado te leva até a montanha, você passa o dia nas atividades na neve, e retorna no final do dia.

13. San Martín de Los Andes

Outra cidade muito visitada principalmente durante a temporada de neve na Argentina, San Martín de Los Andes já fica um pouco mais distante, a 191 km, também na província de Neuquén.

A gostosa cidade banhada pelo Lago Lácar tem ótima infraestrutura e também uma estação de esqui, a Chapelco.

Homem tira foto em mirante de San Martín de Los Andes, Argentina
Vista de San Martín de Los Andes (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Há agências que oferecem bate-volta no mesmo dia saindo de Bariloche, incluindo Villa La Angostura e os 7 Lagos. Mas acho meio puxado, talvez seja melhor dormir por aqui uma noite.

É tranquilo também chegar de carro, embora possa ter gelo na pista nos meses de neve.

14. Rota dos 7 Lagos

A chamada Rota dos 7 Lagos tem algumas das paisagens mais bonitas da Patagônia Argentina. Ela começa em Villa La Angostura e termina em San Martín de Los Andes.

Embora seja um percurso de pouco mais de 100 km, nós levamos de carro alugado quase um dia todo, já que é cada paisagem mais linda que a outra.

Lago Espejo em Villa La Angostura num dia de primavera
Lago Espejo em Angostura num dia de primavera (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Os principais da Ruta dos 7 Lagos saindo de Villa La Angostura são: Espejo, Espejo Grande, Correntoso, Falkner, Villarino, Machónico e Lácar, já em San Martín de Los Andes. Mas saiba que no trajeto você irá encontrar vários outros lagos incríveis, como o nosso queridinho Espejo Chico.

Ou seja, essa é uma rota de contemplação e de paisagens de tirar o fôlego. Já fiz no verão e também no inverno. Apesar da neve dar todo um charme, foi nos meses mais quentes que os lagos mostraram toda sua cor, com águas cristalinas de tons azuis e verdes.

Se não estiver de carro, dá também pra contratar um passeio de um dia pela rota saindo de Bariloche. Vale a pena, embora seja um tour bem longo de dia todo.

Gastronomia em Bariloche

Não dá pra falar em uma viagem a Bariloche sem falar em gastronomia. Essa região da Patagônia tem uma variedade incrível de ingredientes e pratos típicos que agradam até os mais exigentes.

Junte isso a chocolates maravilhosos e algumas das melhores cervejas artesanais da Argentina. Afinal, a água daqui é uma das mais puras do planeta.

Aproveite para provar muitas carnes, principalmente as locais, como javali, veado e o cordeiro patagônico. Os pescados, principalmente a truta, também são muito famosos, podendo ser provados crus, defumados ou grelhados.

Embutidos e queijos típicos de Bariloche, Argentina
Embutidos e queijos típicos (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Não deixe de fora as geleias, doce de leite, embutidos, queijos, milanesas e muitas massas, comuns na Argentina. A que mais gosto são as sorrentinas, uma espécie de ravióli típico do país.

Eu já publiquei um guia de restaurantes em Bariloche com as melhores opções para comer na cidade e para todos os bolsos, dos mais famosos aos pouco conhecidos.

Além disso, nesse link falo das melhores cervejarias pra serem visitadas, incluindo a icônica Cervejaria Patagonia, que tem uma microcervejaria por aqui.

Chocolates

Por fim, não dá pra falar dessa região sem falar nos famosos chocolates de Bariloche. Basta caminhar pela Calle Mitre no centrinho pra encontrar as mais famosas.

As que mais gosto são a Rapanuí e a Mamuschka. Além de terem chocolates perfeitos, os sorvetes, principalmente de doce de leite, são maravilhosos.

Na região Central vale ainda visitar a El Reino del Chocolate, Frantom e a Chocolate del Turista. Embora essa última tenha uma loja enorme, não acho o doce deles tão gostoso.

Quer visitar uma autêntica fábrica artesanal de chocolates? Vá então à Chocolaterie, que fica no Circuito Chico. Os produtos usam chocolate belga e você pode visitar e fábrica e até mesmo fazer uma degustação às cegas, mas é preciso agendar.

Já perto do Centro de Bariloche fica uma Fábrica da Havanna e um Museu do Chocolate, aquela mesma marca argentina que tem lojas no Brasil.

Mas apenas alguns tabletes e bombons são feitos aqui e os preços são os mesmos das demais lojas do país.

Onde fica Bariloche?

Localizada na Argentina, a distância entre Bariloche e Buenos Aires é de 1.580 km. A cidade fica às margens do Lago Nahuel Huapi e é cercada pela Cordilheira dos Andes.

O famoso destino turístico de inverno fica na Patagônia Argentina, que se estende desde essa região até a Terra do Fogo, no extremo sul do país. A cidade fica na província de Río Negro, cuja capital é Viedma, e faz fronteira com o Chile.

Veja algumas distâncias para outras cidades:

Como ir pra Bariloche saindo do Brasil?

Por conta da longa distância até Buenos Aires, a melhor maneira de chegar em Bariloche é de avião, já que há um aeroporto internacional na cidade. Eu fui num voo fretado da CVC direto de São Paulo até lá, com cerca de 5h de duração.

Avião na pista do aeroporto de Bariloche com montanhas nevadas ao fundo
Aeroporto de Bariloche (Foto: Esse Mundo É Nosso)

Embora esse voo só aconteça na temporada de inverno, a Aerolíneas Argentinas oferece ligação direta entre Guarulhos e o destino ao longo de todo o ano.

Outra forma fácil de chegar saindo do Brasil é com uma conexão em Buenos Aires. Aliás, a partir da capital, vale procurar também empresas aéreas de baixo custo que voam até Bariloche, como FlyBondi ou JetSmart. Mas Aerolíneas e Andes também fazem a rota.

Quem quer ir de carro precisa dirigir por mais de 1.500 km entre a capital e a cidade, ou seja, um trajeto bem puxado. De ônibus, a viagem costuma durar mais de 24h. Algumas empresas que fazem a linha são: Vía Bariloche, Via Tac e Chevallier.

Quando neva em Bariloche?

Dá pra visitar essa região o ano todo, mas quem procura o destino durante o inverno e quer ver neve em Bariloche deve tentar ir entre junho e setembro. Mais garantido pra ver neve caindo seria em julho e agosto, a alta temporada.

Mas claro que por se tratar de natureza, há anos em que pode já nevar em maio, por exemplo. No alto das montanhas, também tem épocas em que ainda há alguma neve já no começo do verão, como em novembro.

Embora poucos brasileiros ainda escolham ir pra essa região da Patagônia fora do inverno, vale dizer que a paisagem é linda também nos meses mais quentes, com montanhas coloridas e lagos de águas cristalinas.

Nós pontuamos todos esses detalhes em um outro post sobre a melhor época pra viajar pra Bariloche e os detalhes de quando ir pra lá.

Onde se hospedar

Há uma enorme variedade de hotéis em Bariloche, para todos os bolsos e gostos. Mas uma pergunta bem comum, além da categoria da hospedagem, é onde vale a pena ficar: no centro ou no Circuito Chico?

Sim, ao longo do circuito existem muitos hotéis excelentes, como o clássico Llao Llao Resort & SPA, por exemplo. Mas acontece que, a menos que você estiver de carro, o transporte para o centro pode ficar um pouco complicado na alta temporada.

Isso porque a demanda é muito alta e faltam táxis ou remisses, que são carros com motoristas. Já aplicativos como Uber não funcionam muito bem.

Então é bom saber disso antes de decidir se hospedar longe do Centro, já que sair pra jantar, por exemplo, pode ser difícil se não estiver de carro alugado.

Na região central, eu já fiquei hospedado no Hotel Panamericano, que é um clássico e em breve vai virar um Sheraton. Mais modernos e com ótima estrutura, indico o NH Edelweiss, Hampton by Hilton, Alma del Lago SPA ou o clássico Hotel Concorde.

Suíte do Hotel NH Bariloche Edelweiss com vista pro lago
Suíte do NH Bariloche (Foto: Divulgação/Booking)

diversas opções de hotéis, vale você dar uma olhada. Mas é bom saber que durante a temporada de inverno os preços costumam subir bastante, já que é a época em que a rede hoteleira cobra mais caro.

Tem alguma dúvida ou mais dicas sobre o que fazer em Bariloche? Então deixe o seu comentário!

Dúvidas Frequentes

O que fazer em Bariloche no inverno?

Não faltam opções para curtir a neve, como o Cerro Catedral, Cerro Otto, Piedras Blancas, Winter Park, Ski Nórdico e muito mais. Conheça os detalhes de cada uma dessas atrações.

O que fazer em Bariloche no verão?

Embora muita gente acha que esse é um destino só de inverno, há muitas atrações em Bariloche que podem ser visitadas o ano todo (veja as principais).

Como ir de Buenos Aires a Bariloche?

O jeito mais fácil é de avião e o voo dura cerca de 2h30. Mas há quem encare os mais de 1.500 km de carro ou ônibus até o destino. Saiba tudo sobre como chegar à cidade.

Quando neva em Bariloche?

Já pode nevar a partir de maio ou junho. Mas mais certo pra pegar neve em Bariloche é nos meses de julho e agosto, no auge do inverno. Saiba tudo sobre a temporada de neve.

Rafael Carvalho
Mineiro fã de frango com quiabo e de uma boa cerveja, mora atualmente em São Paulo. É formado em Rádio e TV, pós-graduado em Jornalismo e trabalha há mais de 16 anos com Conteúdo Digital. Já passou por empresas como SBT e Jovem Pan FM. Apaixonado por viagens, fundou o Esse Mundo É Nosso e roda o Brasil e o mundo o ano todo sempre em busca de dicas para serem compartilhadas.
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Comentários:
Elaine Lira disse:

Olá, adorei os videos, gostaria do contato da Guia

Oi, Elaine, tudo bem?
A guia se chama Cecilia e o whatsapp dela é +54 9 294483362
Abraços

Greice disse:

Excelentes posts! Estamos passando por Bariloche e nos ajudou muito a entender melhor o que fazer por aqui. Principalmente a parte de comidas. Parabéns!!

Oi, Greice, tudo bem?
Fico feliz demais com seu comentário!

Abraços

Pedro Henrique disse:

Muito sensacional, doido pra conhecer! Parabéns